[Dacger-l] FÓRUM PERMANENTE DE ENERGIA
dacger-l em dac01.unicamp.br
dacger-l em dac01.unicamp.br
Sexta Fevereiro 29 18:07:30 -03 2008
Prezado(a) Aluno(a),
Abaixo informações sobre o fórum permanente de energia.
Atenciosamente,
Diretoria Acadêmica.
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INFORMAÇÕES GERAIS
Local:
Auditório do Centro de Convenções da Unicamp
Data:
04 de março de 2008
Inscrições no site e no local:
http://www.cori.unicamp.br/foruns/energia/foruns_energia.php
Informações adicionais:
seva em fem.unicamp.br / zcarlos em unicamp.br
SOBRE O EVENTO
Sobre a jornada “A pesquisa social nos canaviais e nas hidrelétricas”
A produção de energia inclui e desperta questões sociais. A obtenção
industrial dos combustíveis fósseis e vegetais ocupa terras (às vezes
muito extensas) onde vivem outras pessoas fazendo outras atividades; a
obtenção e a sua queima são atividades poluidoras do ar, da água, do solo
e subsolo. Seus trabalhadores e seus vizinhos ficam expostos ao risco
grave, ocasião em que podem ter seus direitos desrespeitados. As usinas
termelétricas emitem gases nocivos e usam muita água, enquanto as represas
de hidrelétricas também emitem gases carbônicos, adulteram rios e terras
ribeirinhas, e "criam" numerosos grupos humanos de atingidos por suas
conseqüências.
Esses foram os temas que propus aos colegas de várias Unidades e núcleos
da Unicamp reunidos para agendar as quatro jornadas de 2008 do Fórum
Permanente Energia e Ambiente, e disso resultou a jornada desta terça
feira 04 de março. Hoje trazemos para os interessados os testemunhos de
cinco pesquisadores, profissionais de Economia e de Ciências Sociais,
docentes de outras universidades públicas.
Foi para sabermos melhor o quê se passa com as pessoas e a sociedade nos
canaviais e nas áreas de hidrelétricas, que convidamos alguns dos colegas
mais experientes no país.
Acolhemos também os testemunhos de três personalidades não acadêmicas -
expressivos representantes dos sindicatos de trabalhadores canavieiros,
dos movimentos de atingidos pelas hidrelétricas, e das ONGs (Organizações
não- governamentais) defensoras das terras e matas ribeirinhas, dos rios e
peixes, e contrárias à construção das barragens. As palestras serão
transcritas e posteriormente validadas pelos palestrantes para edição e
publicação em meio eletrônico e em papel.
A. Oswaldo Sevá Fo. (organizador do evento) Professor do depto. de
Energia/Faculdade de Engenharia Mecânica e da pós graduação em
Antropologia Social no IFCH/Unicamp. Material didático e de pesquisa
disponível em www.fem.unicamp.br/~seva
PROGRAMA
MANHÃ
8h40 Exibição do documentário “MIGRANTES” , 2007, direção José Roberto
Novaes e Francisco J.C. Alves, co-produção das Universidades Federais do
Rio de Janeiro, São Carlos, Piauí e Maranhão
Abertura:
Prof. Dr. Fernando F. Costa, Coordenador-Geral/Unicamp
Prof. Dr. Luís A. Barbosa Cortez, Coordenador/Cori
Prof. Dr. Mauro W. B Almeida, CERES/IFCH
Sra. Adriana Lopes, Coordenadora NEAD/MDA
Tema da Manhã: A situação social nos canaviais - A partir de 9h30
1. Sra. Carlita da Costa, Trabalhadora rural, dirigente do Sindicato dos
Empregados Rurais de Cosmópolis (sede), Artur Nogueira, Paulínia e
Campinas, SP, membro da Comissão Permanente Regional Rural, diretora da
Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo,
integrante do Fórum de Cidadania, Justiça, Cultura e Paz na cidade de
Piracicaba, SP.
2. Prof. Dr. Francisco José da Costa Alves, Depto. de Engenharia de
Produção da UFSCar; economista, Doutor em Economia pela Unicamp, atua nas
áreas de Economia do Trabalho, Complexos Agroindustriais, Condições de
vida e trabalho dos trabalhadores na Produção de Cana, Açúcar e álcool.
Junto com J. Roberto Novaes, organizou o livro “Migrantes. Trabalho e
trabalhadores no Complexo Agroindustrial Canavieiro (os heróis do
agro-negócio brasileiro)”, publicado em 2007 pela EdUFSCar.
3. Prof. Dr. José Roberto Novaes, Instituto de Economia da U.F.R.J.,
Doutor em Economia pela Unicamp, atua nas questُões de tecnologia e
trabalho na agricultura, migraçُões e movimentos sociais no campo;
autor de filmes documentários sociais, alguns premiados em Mostras
Internacionais e nacionais de Cinema; dos quais o “Migrantes”, de 2007,
sobre trabalhadores maranhenses e piauienses que trabalham nos canaviais
paulistas, foi escolhido para abertura dessa jornada.
4. Profa. Dra. Maria Aparecida de Moraes Silva, Socióloga, Doutora pela
Université de Paris- I, livre docente pela UNESP de Araraquara, onde se
aposentou. Colabora nos cursos de pós-graduação em Geografia da UNESP
Presidente Prudente, e em Sociologia na UFSCar. Seu livro sobre os
cortadores de cana da região de Ribeirão Preto e Araraquara, SP.“Errantes
do fim do século” foi publicado pela Editora Unesp em 1999.
5. Moderadora: Profa. Dra. Neusa Maria Mendes de Gusmão, Antropóloga, do
Depto. de Ciências Sociais na Educação, da Faculdade de Educação, e do
curso de Doutorado em Ciências Sociais / IFCH, Unicamp. Na ABA -
Associação Brasileira de Antropologia integrou o Grupo de Trabalho sobre
"Terras de Quilombo", publicando o livro "Terra de Pretos, Terra de
Mulheres - terra, mulher e raça num bairro rural negro", Ministério da
Cultura - Fundação Cultural Palmares, Brasília, V. 6. 1995/6. Pesquisadora
e coordenadora adjunta do CERES.
TARDE
Tema da Tarde: A situação social nas regiões das represas e dos rios
barrados - A partir de 14h00
1. Sr. Luis Dalla Costa, Geógrafo, com especialização em Educação e
Movimentos Sociais pela UFSC. Fundador da CRAB, Comissão Regional de
Atingidos de Barragens da Bacia do rio Uruguai, na década de 1980, atuando
na região entre Erechim e Vacaria (RS) e Lajes e Chapecó (SC), onde foram
construídas as usinas de Itá, Machadinho, Campos Novos e Barra Grande. Foi
também fundador, em 1991, do MAB - Movimento de Atingidos de Barragens, do
qual é um dos dirigentes nacionais.
2. Sr. Glenn Switkes, Historiador, com Mestrado em Jornalismo
(Berkeley,EUA). Diretor da ONG International Rivers para a América Latina,
atua na investigação e na crítica dos projetos hidrelétricos na Amazônia,
na Bacia do Prata, e na Patagônia. Editou em 2005 o livro “Tenotã Mõ.
Alertas sobre as conseqüências dos projetos hidrelétricos no rio Xingu”,
organizado por A. Oswaldo Sevá Fo.
3. Profa. Dra. Andréa Zhouri, Depto. de Sociologia e Antropologia da
FAFICH/UFMG; Mestre em Antropologia Social pela UNICAMP e Doutora em
Sociologia pela Universidade de Essex, Reino Unido; pesquisadora nas áreas
de Ecologia Política, Conflitos sócio-ambientais, Licenciamento e Impactos
sociais e ambientais de hidrelétricas. Presta assessoria às comunidades
atingidas por barragens em MG. Foi uma das organizadoras e autora de
capítulos do livro “A insustentável leveza da política ambiental.
Desenvolvimento e conflitos sócio- ambientais”, editado em 2005 pela
Autêntica Editora, Belo Horizonte.
4. Prof. Dr. Silvio Coelho dos Santos, Antropólogo, Pesquisador nas áreas
de Educação e Direitos dos povos minoritários, de Etnologia e
Etno-história. Aposentou-se na Universidade Federal de Santa Catarina, em
Florianópolis, onde é Professor Emérito e Coordenador do Núcleo de Estudos
de Povos Indígenas. Publicou vários livros, dentre os quais “Hidrelétricas
e Povos Indígenas”, em co-autoria com Aneliese Nacke, Ed. Letras
Contemporâneas, 2003, contendo artigos sobre os índios Guarani atingidos
por obras na bacia do Paraná, como Itaipu e Yaciretá, e sobre os grupos
Mapuche atingidos na Patagônia Argentina.
5. Moderadora: Profa. Dra. Emília Pietrafesa de Godói, Antropóloga, Mestre
pela Unicamp, Doutora pela Universidade de Paris X - Nanterre, Suas
pesquisas tratam dos sertanejos no semi-árido do Nordeste e das
comunidades rurais de quilombos no Maranhão, com ênfase em seus direitos,
na memória social e nas suas relações com o território. É a editora da
revista científica semestral RURIS , do CERES.
ORGANIZADORES:
CERES - Centro Interno de Estudos Rurais
Sediado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP (prédio da
pós-graduação, 2º. Andar, 19 3521-1636) criado em 1996. Desde então
promove encontros semestrais com pesquisadores das mais diversas áreas
(Ciências Sociais, História, Economia, Biologia, Engenharia Agrícola) para
a discussão de um tema comum, trazendo também convidados de outras
universidades e instituições de pesquisa para conferências e seminários.
Abriga diversos projetos de pesquisa individuais e temáticos que resultam
em monografias de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado
sobre migrantes rurais, trabalho sazonal, populações tradicionais como
indígenas, quilombolas, extrativistas como os serimgueiros e pescadores,
sobre os assentamentos de reforma agrária e a agricultura familiar.
Opera um programa PROCAD, de Cooperação Acadêmica da CAPES, em colaboração
com programas de pós-graduação da UFPE, UFPB, UFCG e UFRN. Maiores
detalhes sobre o CERES e arquivos disponíveis em
www.ifch.unicamp.br/ceres/
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